Dentro de la era de la globalización, los poetas se leen en Internet. Están
los muertos y los vivos, los conocidos y los que se descubren, los trascendidos
y los que podrían trascender. Una buena cantidad de revistas entregan sus preferencias.
Entre las de habla ibérica, destacan la revista Agulha junto con el Proyecto Banda Hispânica que dirigen los poetas
Claudio Willer y el entrevistado Floriano Martins. Descrito como iconoclasta, prestidigitador,
de espíritu libertario, es decir, surrealista. Múltiple en sus haceres literarios
y entregado de cuerpo entero, nos expresa sus pareceres sobre diferentes tópicos
del mundo de las letras. [BA]
BELKYS ARREDONDO De todas tus actividades relacionadas al mundo literario
quisiera en este dialogar que tratemos tu asimilación a la filosofía de vida del
Surrealismo, la particular, y el oficio del traductor para relacionarlo con la publicación
en diciembre de la Fundación Biblioteca Ayacucho de tu traducción del trabajo del
valioso poeta Carlos Drummond de Andrade.
FLORIANO MARTINS Não vejo a menor relação possível
entre as três referências, ou seja, de maneira alguma minha aproximação do Surrealismo
se vincula diretamente com meu trabalho de tradutor e menos ainda as duas coisas
têm em comum com a obra de Drummond. O trabalho de tradução se inicia nos anos 80,
buscando apresentar aos leitores brasileiros poetas de várias latitudes. Traduzi
livremente para periódicos literários poemas de autores como Pasolini, Blake, Huidobro,
Borges, Lezama Lima, Pablo Antonio Cuadra, dentre inúmeros outros. Curiosamente
nestes primeiros momentos não havia nenhum poeta surrealista. E jamais cheguei a
traduzir nenhum poeta surrealista francês. A rigor o Surrealismo entrou primeiramente
em minha vida pelo mundo plástico. Drummond, por sua vez, foi poeta fundamental
em minha adolescência. Um largo volume intitulado Reunião (1969), que recolhia seus primeiros 10 livros, foi uma das aventuras
mais presentes e valiosas neste momento inicial de minha descoberta da poesia. Posteriormente,
quando inicia a fase memorialista, a série intitulada Boitempo, afasto-me de sua poesia. É bem possível que o fato da FBA
haver me procurado para organizar justamente a obra poética de Drummond possa ser
visto como um caso típico de acaso objetivo [risos]. De qualquer maneira, acho que
a seriedade com que tenho pautado minha vida sugere essas valiosas aproximações
e desdobramentos.
BA Podrías contarnos cuándo te interesaste en el surrealismo,
cómo fue, cómo se dio la lectura del Conde de Lautréamont y la de los manifiestos,
qué edad tenías, qué pasó?
FM Ainda na infância eu li autores como Dostoievski e
Sade, que me marcaram acentuadamente. Lautréamont eu fui ler já na plena adolescência,
juntamente com Blake e Rimbaud. São fontes distintas de impactos, que se somavam
a uma experiência de vida itinerante, afeita a viagens, nesta época eu já havia
largado a escola e percorria diversas partes do Brasil à moda hippie, mais interessado em viver o surrealismo
do que a estudá-lo. Li os manifestos posteriormente, o mesmo se dando com a poesia
de Breton, Char, Eluard, dentre outros.
BA ¿Cuál poema surrealista viene a tu memoria y cuáles
anécdotas recuerdas significativas?
FM Não tenho a memória de poemas. Tenho sempre que andar
com os meus impressos, se os quero ler em público. Minha memória se inclina por
outros rumos, por assim dizer, o que lamento, uma vez que a atividade teatral muito
me fascina e foi mesmo uma das minhas grandes fontes de leitura nos primeiros momentos.
Mas recordo aqui um momento em torno do poema Union libre, de André Breton, lido em off, por mim, André Coyné e Ricardo Martinez, em versos saltados em
português, francês e espanhol, respectivamente, enquanto em cena aberta dançava
a atriz Norma Suzal. Isto se deu em 1996, em um espaço expositivo da Universidade
de São Paulo, em evento que comemorava o centenário de nascimento do próprio Breton.
BA ¿Cómo vinculas esa postura de vida que surgió para
oxigenar una sociedad golpeada en la Europa de los 40, cómo la vinculas o relacionas,
o la propones con la latinoamericana y en qué fundamenta en la actualidad su vigencia?
FM A rigor, o que era renovação na Europa dos anos 20,
na América assume a característica de uma carta de fundação. E se considerarmos
o ambiente diverso, em termos de continente americano, em que se dão as relações
com o Surrealismo, seria falso e quando menos ingênuo evocar uma condição tardia
de sua presença em alguns países. Acerca da atualidade do Surrealismo, certa vez
respondi a uma pergunta similar considerando esse princípio irredutível de liberdade que
orienta o Surrealismo, não sem destacar ser “também possível que se veja aí algum
artifício de certo facilismo da criação
poética; daí a leitura equívoca de que tudo o que não faz sentido é surreal, como
se costuma ouvir com relativa freqüência”. Enfim, a atualidade do Surrealismo está
ligada aos mesmos parâmetros de expansão da realidade, de afirmação da essencialidade
da imaginação e de uma indispensável liberdade para criação, sem que estabeleçam
aí barreiras ou abismos que separem arte e vida, sonho e realidade, razão e loucura.
Não há como pensar que tais perspectivas não influam diretamente nas relações entre
ética e estética. O colombiano Carlos Martín disse em um importante estudo sobre
o Surrealismo que “a única via que conduz a um novo humanismo, capaz de restituir
ao homem sua dignidade perdida, é a que mescla e identifica em si mesma poesia e
vida”. Daí que o argentino Enrique Molina se referia ao Surrealismo como um “humanismo
poético”. Trato agora apenas de reafirmar o que disse antes.
BA Cómo definirías el oficio del traductor?
FM Em boa hora faço menção
a este belo livro preparado por Chefi Borzacchini sobre Alfredo Silva Estrada (Eclepsidra,
2005), em que o poeta e tradutor chama a atenção para o que considera o perigo máximo
da tradução, ou seja, que a mesma “não seja fiel à voz do poeta”. Cabe ao tradutor,
portanto, tratar de evitar a sedução de sobrepor ao subjetivismo da obra o seu próprio.
Desnecessário mencionar as exigências técnicas, pois de outra maneira este trabalho
não se realizaria. Objetivar ao máximo a função prática desta atividade, sem incorrer
em autolatria de espécie alguma. No Brasil, por exemplo, alguns notórios tradutores
não resistem à presunção de querer melhorar
o original.
BA Habiendo realizado la traducción
al portugués de poetas españoles como Federico García Lorca, cuentos de Guillermo
Cabrera Infante, ensayos sobre el estudio de dos poetas cubanos y otros, qué ha
significado llevar al español el trabajo poético de uno de los poetas más significativos
e importantes de Latinoamérica, Carlos Drummond de Andrade?
FM São duas perspectivas distintas,
porque não estou traduzindo Drummond para o espanhol, como o fiz, no ano passado,
com a portuguesa Ana Marques Gastão (Nudos,
Ed. Gótica, 2004). De qualquer maneira, sinto-me honrado de estar podendo contribuir
para a circulação, nos dois idiomas, das obras de autores fundamentais. Cabrera
Infante está muito bem traduzido no Brasil, graças a Stela Leonardos e João Silvério
Trevisan. O mesmo não se passa com García Lorca, havendo uma imensa oscilação de
qualidade nas traduções oferecidas a público. No caso do Drummond se passa algo
interessante: ao escrever o estudo introdutório desta edição de Ayacucho tomei por
base o papel central que desempenha em sua poesia o poema “La máquina del mundo”
e, após observar que nenhuma das edições da obra poética de Drummond, em país algum,
havia utilizado este poema para título geral da publicação, feliz com a descoberta,
defini: eis o título perfeito para a edição venezuelana. Didier Lamaison havia publicado,
em 1990, a
poesia de Drummond pela Gallimard, sob o título simples de Poésie. 25 anos depois Gallimard surge com uma 2ª edição deste livro,
e curiosamente muda seu título para A máquina
do mundo. Trata-se de uma afinação mágica onde importa apenas que a obra de
Drummond seja reforçada em dois valiosos âmbitos editoriais.
BA En la poesía de Drummond de
Andrade ¿cuáles rasgos consideras de su poesía lo enlazan con este presente tan
complejo y le dan su permanencia, su universalidad?
FM Tenho bem presente uma observação
de Paulo Rónai com que trato de concluir o estudo introdutório de La máquina del mundo, no sentido de que Drummond
“carregava consigo uma sentença de origem desconhecida, que o condenava ao
mesmo tempo à estranheza e a viver entre os homens”. Este tenso equilíbrio alcançado
é o que lhe deu a fabulosa dimensão humana de sua poética.
BA ¿Qué poetas consideras necesario
traducir para llevar a los lectores hispanos?
FM Há que planejar editorialmente
autores que já estão publicados em alguns países e quais perspectivas geracionais
podem ser abrangidas, por exemplo, se tratamos de uma antologia mais ampla. Eu já
organizei pequenas mostras de poesia brasileira para revistas mexicanas, chamando
a atenção para alguns de nossos principais nomes dentre aqueles nascidos dos anos
40 para cá. Algo idêntico deve estar saindo na revista Poesía, da Universidad de Carabobo. Agora mesmo estou preparando para
editoras no Chile e na Espanha antologia de brasileiros nascidos a partir de 1950.
Fazer circular bastante essas antologias me parece uma boa estratégia para se despertar
interesse editorial em antologias pessoais e mesmo, em alguns casos, na publicação
de obras completas.
BA Cómo organiza su vida cotidiana un poeta hiperquinético
como tú, que busca siempre estar conectado con el mundo y con lo que él acontece?
FM Esta é minha vida cotidiana. É o que faço. Como um
mergulhador ou um arqueólogo, é isto o que faço, toda a vida, a vida inteira. Não
há mistério algum. Organizo minha vida no estabelecimento de horas dedicadas à pesquisa,
ao diálogo, às viagens. É o que sou. Apenas isto.
BA ¿Existe una literatura femenina? ¿Qué
poetas femeninas te gustaría traducir para llevar a los lectores hispanos cuyo trabajo
se desconoce?
FM Eu não penso jamais na poesia
em termos de gênero, mas é evidente que temos algumas vozes femininas cuja difusão
internacional se impõe. Penso em nomes como Dora Ferreira da Silva, Hilda Hilst
e Astrid Cabral, dentre outras.
BA ¿Por qué en los diccionarios
de hacedores de poesía abundan los nombres masculinos habiendo mujeres con un valioso
trabajo realizado y que se desconoce. En el caso de Brasil podríamos nombrar a la
poeta Hilda Hilst que murió recientemente el año pasado?
FM Não dá para generalizar,
porque há tanto um fator bastante comum, a presença do machismo, postura arbitrária
do homem em relação à mulher, quanto a ausência, em determinadas tradições líricas,
de uma presença mais constante e substanciosa de vozes femininas. No Uruguai, por
exemplo, onde há uma riquíssima tradição neste sentido, é impossível não constar
o nome de mulheres poetas em quaisquer listas.
BA ¿Son necesariamente negativas
las dificultades que obstruyen la labor del escritor? ¿Es preferible que el acto
de escribir tenga la serenidad de un río cristalino? ¿Haz tenido y cómo has resuelto
el bloqueo ante la página en blanco?
FM Jamais experimentei nenhum
tipo de bloqueio diante da criação. Em geral, penso em meus livros como um corpo
único e raramente me ponho a escrever poemas esparsos. De qualquer maneira, não
acho que a serenidade de um rio cristalino possa ser entendida sempre como uma condição
positiva. Tal serenidade pode trazer em si demasiado conforto. E há um mínimo de
combate na criação, o que por muitas vezes torna bem vindas essas eventuais dificuldades
traçadas pelo cotidiano do poeta.
BA ¿Qué consideras qué es un poema
vivo y cuál uno muerto?
FM Do modo mais simples, diria
que todo poema deve fundar um diálogo com seu leitor. Talvez não esteja demais dizer
que o leitor é uma invenção do poema. Resta saber qual a capacidade de proliferação
dos poemas mortos.
BA ¿Quién es el peor enemigo de
un poema?
FM Se acaso houver algum, decerto
que será o próprio poeta, ao incorrer em excessos de ansiedade, atropelos estilísticos,
insuficiência existencial, ou seja, todos os males tradicionais de fundo e forma.
BA ¿Cuáles poetas venezolanos han
llamado tu atención y cuáles llevarías al portugués para entregarlos a la audiencia
brasileña?
FM O Brasil desconhece por
completo a poesia venezuelana. Duas breves antologias de Gerbasi e Montejo publicadas
há mais de 10 anos não tiveram circulação devida e em nada alteraram este lastimável
quadro. Sempre lastimo que isto aconteça justamente com a Venezuela, e por duas
razões: por sua valiosa tradição lírica e pelo fato de que através da Fundación
Biblioteca Ayacucho há inúmeros brasileiros publicados em teu país. Por editora
de grande circulação acaba de sair uma antologia de Juan Calzadilla, que não deixa
de ser um início valioso, por se tratar de voz poética tão rica e atual. Eu traria
ao Brasil com urgência antologias de Gerbasi, Peláez, Silva Estrada, dentre muitos
outros, mas me parece que o mais acertado, editorialmente, é que se publicasse uma
ampla antologia de toda uma trajetória desta tradição ao longo do século XX.
BA ¿Cuál
es tu opinión en relación a la poesía que se está publicando en Latinoamérica?
FM É um painel demasiado amplo
para se abarcar aqui. Nos lugares em que ainda sobrevivem, por exemplo, as apostas
malogradas em um neobarroco, o cenário
é infértil e enfadonho. Há poetas que vivem à sombra das vanguardas, outros que
se movimentam dentro de um espectro bastante antiquado. Uma coisa que me chama bastante
a atenção, em nossos países, é esta filiação forçada ao oriente, sobretudo no que
diz respeito ao hai-kai. Nossa realidade é outra e há que descobrir a medida certa
de sua expressão.
BA ¿Podrías nombrarme tres poetas latinoamericanos del
cincuenta para acá que te gusten?
FM Sim, há muitos poetas que vêm construindo uma obra
à margem dos vícios geracionais e das induções de turno. Resumi-los a três nomes
pode soar como algo precário, mas tenho uma particular consideração pela poesia
do brasileiro Contador Borges (1954), do mexicano José Angel Leyva (1958) e do equatoriano
Edwin Madrid (1961).
BA Háblanos un poco sobre cómo
percibes la función actual de las revistas en Internet y lo que ha llevar adelante
junto con el poeta Claudio Willer un un proyecto como la revista Agulha que ya tiene
más de cuatro años de creada con una actividad constante de intercambio literario
con escritores de todas partes del mundo.
FM As revistas sempre cumpriram
um nobre e audacioso papel de aproximação cultural, hoje facilitado pela eficácia
da circulação através da Internet. Há que aproveitar este momento, buscando ampliar
os vasos comunicantes, elos, conexões etc. Agulha não se limita a um intercâmbio
literário, por se tratar de uma revista de cultura, possivelmente a única que sobrevive
hoje em um Brasil desafortunadamente disperso, desagregado. Eu tenho que mencionar
que a Agulha soma-se ao projeto da Banda Hispânica, do Jornal de Poesia, e que esta
parceria nos torna a maior fonte de referência no que diz respeito à poesia de língua
portuguesa e espanhola em todo o mundo. Isto naturalmente nos anima – a mim, a Claudio
Willer e Soares Feitosa – a dar continuidade a um projeto que nos últimos 5 anos
vem se dedicando a estabelecer elos entre diversas culturas, no âmbito dos dois
idiomas.
BA ¿Consideras tu poesía marcada con los signos surrealistas,
es decir, el encuentro de imágenes contrarias que al juntarse iluminan el entendimiento
y amplían el universo del poema?
FM Os signos surrealistas não
se limitam ao plano das aproximações insólitas. Há também a perspectiva onírica,
o humor, as fontes do maravilhoso. Na minha poesia, por exemplo, certa exaltação
lírica incorpora elementos do humor negro e da tragédia, e o automatismo não deixa
de dialogar com a complexa estrutura bem pensada que desenho para os livros. Trata-se
de surrealismo, sim, porém sem limitar-se a ortodoxias de espécie alguma. Eu diria
que um surrealismo que se mescla com uma ontologia muito particular que inclusive
difere de toda a tradição lírica de meu país.
BA Una característica cada vez más pronunciada es de cómo
los diferentes géneros, literarios o plásticos, poesía, narrativa, imagen ya sea
fija o en movimientos tienden a borrar sus límites mezclándose, el artista los utiliza
de acuerdo a lo que desea testimoniar. Tengo entendido que realizas
unos collages, háblame de ellos.
FM Lembro que em minha infância
havia na casa de meus pais aquelas fotonovelas, que eram adaptações para quadrinhos
de clássicos da literatura universal. Eu tinha comigo uma série de comics, outra leitura fundamental para mim,
juntamente com uma coleção de peças de teatro. Isto sem falar na música e nas artes
plásticas, algo que sempre esteve presente em minha vida, não esquecendo ainda o
fato de que assisti à chegada da televisão no Brasil, com os desenhos animados e
o cinema mudo, que me provocou grande impacto. Posteriormente descobriria a ópera,
que consolidaria essa mescla de gêneros que hoje se verifica indiscriminadamente.
O trabalho com as colagens é um desdobramento natural de tudo isto.
BA ¿En una entrevista concedida al mexicano José Ángel
Leyva esbozaste que en el acto de escribir imaginabas al poema-libro como algo que
se construía tridimensionalmente. ¿Podrías ampliarnos la
idea?
FM Eu me referia justamente
a esta soma de elementos, onde o livro pudesse saltar de suas páginas para um palco,
e a trama viesse ter conosco em um cenário vibrante, intenso, onde o componente
lírico andasse de mãos dadas com a plasticidade e a representação figurativa. A
rigor, toda a minha poesia caminha para o teatro.
BA ¿Actualmente escribes un nuevo libro?
FM Estou sempre escrevendo,
mas confesso que não gosto de adiantar projetos de livro, pois eles costumam ser
caprichosos e por vezes tomam um curso distinto daquele que planejamos.
BA ¿En tu participación en la XII Semana Internacional
de la poesía que impresiones te llevaste del evento?
FM Defendo que eventos desta
natureza devem se multiplicar, consolidando essa irradiação mágica da poesia, que
nos leva a inúmeras formas de convívio. Perceber eventuais falhas e lidar com sua
correção faz parte da trama, como os demais obstáculos à produção. O trabalho realizado
pela Casa de la Poesía Pérez Bonalde possui já um lugar de destaque em nosso continente
e deve ser respaldado por todos nós e ampliado em seu vigor valioso.
[2006]
[Entrevista
concedida a Belkys Arredondo. Originalmente publicada na revista Imagen # 5 – año 39. Caracas, Venezuela,
maio-junho de 2006. Integra o livro O hábito do abismo (Entrevistas com
Floriano Martins), de Márcio Simões (ARC Edições: Fortaleza, 2013).]
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